BUSCAS POR ‘CASTELINHO’ SÃO ENCERRADAS E FAMÍLIA VIVE DESESPERO EM MEIO AO SILÊNCIO DAS AUTORIDADES

 


O desaparecimento do empresário Antônio Nemézio Miranda Filho, de 76 anos — o popular “Castelinho” — completou 14 dias neste domingo (2) e continua sem nenhuma resposta.
Mesmo após intensas buscas, os órgãos públicos decidiram encerrar oficialmente as operações, deixando a família mergulhada em angústia, indignação e revolta.

O caso, que mobilizou por dias Corpo de Bombeiros, Polícia Civil, Polícia Militar, Exército e a Sesdec, chegou a usar helicópteros, drones e equipes de resgate em área de selva. Mas nenhum vestígio, pista ou indício foi encontrado.
A caminhonete do empresário havia sido achada ainda no dia 19 de outubro, com a chave na ignição, sem sinais de luta, sangue ou violência — e, desde então, nenhuma nova informação surgiu.

Segundo informações obtidas junto às equipes que atuam na linha de frente, na sexta-feira foi localizada uma camisa, e no sábado (25), um par de botinas foi encontrado a cerca de três quilômetros de distância do primeiro ponto, próximo à antiga linha do trem, na região fundiária de uma fazenda.
Os objetos foram recolhidos e serão analisados, pois existe a suspeita de que pertençam ao empresário desaparecido.

A família, agora sem o apoio das forças públicas, implora por ajuda e cobra respostas: “Não é possível que um homem desapareça assim, sem deixar rastro!”, desabafou um parente próximo.
Eles pedem a intervenção de políticos e do Ministério Público (MP), para que as investigações não sejam abandonadas e novas linhas de apuração sejam abertas, incluindo a hipótese de crime, acidente ou ataque de animais.

Conhecido por sua simpatia e por décadas à frente da tradicional Lanchonete e Restaurante Castelinho, ponto famoso na BR-364 entre Porto Velho e Guajará-Mirim, Antônio era experiente na região rural, acostumado a percorrer trilhas e áreas próximas ao rio Madeira.

O mistério que cerca seu desaparecimento deixa Rondônia em choque e gera revolta entre amigos e populares, que exigem respostas concretas.
Encerrar as buscas sem explicação é um desrespeito com a família e com toda a sociedade”, afirmou um morador de Abunã.

Enquanto o tempo passa, o silêncio das autoridades aumenta o sofrimento dos familiares, que seguem sozinhos, sem saber se Castelinho foi vítima de um acidente, de um crime ou da própria selva.

O mistério continua — e a esperança insiste em não morrer.