Interferência Política do Deputado Rodrigo Camargo Trava Recursos Culturais em Rondônia

 

Desde agosto de 2023, mais de R$ 26 milhões destinados à cultura e arte em Rondônia, provenientes da Lei Paulo Gustavo, encontram-se congelados, gerando uma revolta crescente na classe artística do estado. Esses fundos, de origem federal e designados para impulsionar a recuperação econômica pós-pandemia através do apoio à cultura, estão retidos devido à intervenção do Deputado Estadual Rodrigo Camargo, do partido Republicanos.

A Lei Paulo Gustavo, concebida para injetar vitalidade nas atividades culturais em todo o Brasil, tem sido fundamental para diversos estados. No entanto, em Rondônia, a paralisação desses recursos tem tido um impacto especialmente grave. Enquanto em outros lugares esses fundos têm sido utilizados para estimular a economia local e apoiar artistas e profissionais da cultura, em Rondônia eles permanecem inativos, gerando incerteza e dificuldades para aqueles que dependem desse setor para sobreviver.

O Deputado Rodrigo Camargo tem sido identificado como o principal obstáculo para a liberação desses recursos. Sua alegação de que a cultura está sendo manipulada por ideologias de esquerda parece ser a justificativa para sua interferência. No entanto, essa postura política tem consequências sérias, não apenas para a classe artística, mas também para a economia local.

Enquanto o restante do país avança na utilização dos recursos da Lei Paulo Gustavo, Rondônia permanece estagnada, enfrentando uma situação de exclusão única. Essa interferência política não apenas nega à classe artística local os recursos vitais que lhes são devidos, mas também prejudica a economia do estado, privando-a de um impulso tão necessário em um momento de dificuldade.

A classe artística de Rondônia clama pela liberação imediata desses recursos, não como um favor político, mas como um direito constitucional e uma necessidade socioeconômica urgente. É essencial que os representantes eleitos pelo povo priorizem o bem-estar coletivo sobre agendas políticas pessoais, especialmente em momentos de crise como o que estamos enfrentando.

A cultura não é um luxo, mas sim uma parte vital da identidade de um povo e um motor essencial para o crescimento econômico. Negar a liberação desses recursos é negar o direito básico à expressão cultural e econômica. Que este impasse sirva como um alerta para a necessidade de priorizar o interesse público sobre considerações políticas estreitas, e que os recursos da Lei Paulo Gustavo sejam finalmente liberados para cumprir seu propósito original: apoiar e fortalecer a cultura brasileira em tempos de adversidade.

hashtag24horas