O advogado e professor universitário Vinícius Lemos ficou de fora da lista sêxtupla de candidatos a ministro do Supremo Tribunal de Justiça (STJ).
A vaga no STJ foi aberta pela aposentadoria do ministro Felix Fischer. Vinícius havia sido um dos nomes indicados para compor a lista sêxtupla e ele chegou a ser sabatinado pelo Conselho Federal no início desta semana.
Segundo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Lemos foi o único representante de Rondônia na disputa da formação da lista sêxtupla ao STJ.“Concorrer a qualquer vaga de Tribunal não é o foco da minha carreira, o foco sempre foi ser o melhor advogado possível, melhor docente possível e ter o melhor currículo da minha área de pesquisa e docência. Então, concorrer a uma vaga como esta do STJ é um reconhecimento de tudo que já fiz, mas não é bem uma meta profissional”, afirma.
O advogado tem mais de 19 anos de atuação na área e é doutor em Processo Civil pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Ele contou ao g1 que se sentiu grato por ter sido indicado à formação lista e por ter o respaldo da advocacia de Rondônia.
“Quando decidi concorrer, conversei longamente com a OAB/RO sobre essa decisão e o quão seria interessante, ou não, para a advocacia de Rondônia, para a diretoria e bancada federal. Me senti acolhido pela gestão atual que bancou e indicou meu nome para representar o estado nessa jornada”, contou.
De acordo com o advogado, inicialmente foram inscritos 34 advogados do páis, sendo três da região norte. Como único de Rondônia, Vinícius ainda concorreu com mais 22 advogados para composição da lista sêxtupla, mas não foi selecionado na etapa.
“No processo, diversos advogados desistiram ou não participaram do Conselho Federal, restando 22 advogados na disputa para a escolha dos 6. Eu fiquei somente com os votos de Rondônia e Acre, mas extremamente feliz com a minha participação”, diz.
A escolha da lista foi realizada na última segunda-feira (19) e votada entre os 81 conselheiros federais e ex-presidentes com direito a voto.
A lista sêxtupla será enviada ao STJ, que deve reduzir em três nomes, e a escolha final será do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).