Novos mandados de busca e apreensão foram cumpridos, nesta quarta-feira (3), na 2ª etapa da Operação Polígrafo, que investiga fraudes na contratação de testes para a Covid-19 feitos através de um contrato a partir da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) em Rondônia.
Segundo a PF, a ação também tem o apoio do Ministério Público e Controladoria Geral da União (CGU).
Na primeira etapa da operação, feita em julho de 2020, a PF constatou superfaturamento de quase 40% na compra de 100 mil kits de testes rápidos em um contrato de R$ 10 milhões feito a partir de Rondônia.
A Polícia Federal afirma que o esquema de corrupção ativa e passiva envolve empresários e políticos ligados à Sesau, mas os nomes deles não foram divulgados.
Testes que não funcionavam
Depois que a PF deflagrou a primeira fase da operação Polígrafos, há exatamente dois anos, os agentes constaram que os testes rápidos comprados não funcionavam e que havia um esquema de corrupção ativa e passiva entre empresários e a Sesau.
A investigação aponta também que 10% do valor do contrato era pago em forma de propina, além dos testes comprados pela Sesau terem um superfaturamento de 39,43%.
Em nota, o governo de Rondônia informou que não houve busca e apreensão no prédio da Sesau e em nenhuma residência de quaisquer servidores do governo durante a 2ª fase da Operação Polígrafo.
"A Sesau ressalta ainda que até o momento não foram solicitadas informações pela Polícia Federal, Ministério Público e Controladoria Geral da União. O Governo de Rondônia enfatiza que não pactua com qualquer tipo de irregularidades, e está a disposição para quaisquer esclarecimentos", diz a nota da assessoria.
Polígrafo
O nome da operação “Polígrafo” refere-se ao aparelho eletrônico conhecido popularmente como detector de mentiras, como menção às fraudes e direcionamentos das licitações.