Amber Heard e Johnny Depp foram condenados por difamar um ao outro. A sentença foi lida nesta quarta-feira (1), no Tribunal do Condado de Fairfax, no Estado norte-americano da Virgínia.
O júri considerou que a atriz deve pagar US$ 15 milhões a ele, mas a juíza diminuiu o valor para US$ 10,35 milhões por causa de limites legais do estado da Virgínia. Johnny Depp deve pagar a ela US$ 2 milhões.
Os dois foram casados entre 2015 e 2017. Um processava o outro por difamação: ele alegou que ela o difamou em um artigo de jornal; ela disse ter sido difamada por um antigo advogado dele.
Atriz lamenta e ator comemora
Amber Heard lamentou após o veredito: "A decepção que sinto hoje vai além de palavras. Estou de coração partido que a montanha de evidências ainda não foi suficiente para enfrentar o poder e influência desproporcionais do meu ex-marido."
"Estou ainda mais decepcionada o que este veredito significa para outras mulheres. É um retrocesso", ela também afirmou.
Já Johnny Depp comemorou: "Alegações falsas, muito sérias e criminais foram feitas a mim através da mídia, o que desencadeou uma enxurrada interminável de conteúdo odioso, embora nenhuma acusação tenha sido feita contra mim", ele disse. "Seis anos depois, o júri me deu minha vida de volta."
Júri concordou com mais alegações dele
O ator apontava três pontos do artigo em que ele foi difamado. O júri concordou com todos e ainda disse que ela agiu com "malícia", o que significa que ela sabia que as declarações eram falsas.
A atriz apontava três pontos das declarações do advogado de Depp em que ela foi difamada. O júri só concordou com uma delas.
Johnny Depp não estava presente no tribunal nesta quarta-feira e assistiu à decisão por vídeo, da Inglaterra, onde está para fazer um show com Jeff Beck. Amber Heard presenciou a decisão no tribunal. O julgamento durou seis semanas.
No centro da disputa legal estava um texto opinativo de Heard publicado em dezembro de 2018 pelo jornal "Washington Post", no qual ela fez uma declaração sobre abusos domésticos.