Rondônia teve o primeiro registro oficial de caso suspeito de
intoxicação por metanol, confirmado na tarde de sábado (4) pelo Ministério da
Saúde. O caso é de um morador de Candeias do Jamari (RO).
Até o momento, não há informações sobre o estado de saúde do paciente.
O g1 tenta contato com a Secretaria de Saúde de
Candeias do Jamari e com o Governo de Rondônia.
O metanol é um álcool usado industrialmente em solventes e outros produtos
químicos, é altamente perigoso quando ingerido. Inicialmente, ataca o fígado,
que o transforma em substâncias tóxicas que comprometem a medula, o cérebro e o
nervo óptico, podendo causar cegueira, coma e até morte. Também pode provocar
insuficiência pulmonar e renal.
No Brasil, o número de notificações de intoxicação por metanol após
ingestão de bebida alcoólica subiu para 195. São 14 casos confirmados e 181 em
investigação. Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Piauí notificaram os
primeiros casos em investigação.
Desses, 13 mortes. Uma confirmada e 12 em investigação – o balanço do
ministério não contabiliza a segunda morte confirmada pelo governo de São Paulo
neste sábado.
Ministério começa a distribuir antídotos
O Ministério da Saúde informou, também, que começou a distribuir etanol farmacêutico, um dos antídotos usados
no tratamento de intoxicações por metanol, a estados que
pediram reforços de estoque.
Na primeira remessa foram enviadas 580 ampolas a cinco estados: 240 para
Pernambuco, 100 para o Paraná, 90 para a Bahia, 90 para o Distrito Federal e 60
para Mato Grosso do Sul.
Além do etanol farmacêutico, o ministério fechou um contrato para
comprar 2,5 mil unidades de fomepizol, um medicamento que também é usado como
antídoto para intoxicações. Elas serão compradas de um fornecedor do Japão e
devem chegar na próxima semana ao Brasil.