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Fonte:Hashtag24Horas
Uma mulher foi presa em flagrante na tarde desta terça-feira (07) pelo crime de abandono de incapaz, após seu filho, uma criança de aproximadamente quatro anos de idade e diagnosticada com autismo, ser encontrado andando nu e desorientado pelas ruas do bairro Cidade Nova, em Nova Mamoré (RO).
Segundo informações da Polícia Militar, a guarnição foi acionada pela Central de Operações após uma denúncia de que uma criança estava transitando sozinha pela Avenida Raimundo Fernandes, pulando cercas e entrando em quintais de casas, o que representava grave risco à sua integridade física.
Ao chegar ao local, os policiais confirmaram a veracidade da denúncia. A criança foi encontrada visivelmente confusa e desorientada, caminhando sem rumo. Moradores apontaram a residência onde o menino morava, mas ninguém respondeu aos chamados da equipe policial.
Diante da suspeita de que algo grave pudesse ter ocorrido, os agentes entraram na casa, conforme previsto no artigo 301 do Código de Processo Penal, para garantir a segurança da criança. No interior do imóvel, foi constatado um cenário de completo abandono: cômodos revirados, restos de comida estragada e sujeira por toda parte.
Após alguns minutos, uma mulher surgiu de um dos quartos e se identificou como mãe da criança. Questionada sobre o paradeiro do filho, ela não soube responder — momento em que foi informada de que o menino já estava sob guarda da PM.
O Conselho Tutelar foi acionado e compareceu rapidamente, confirmando que não era a primeira vez que situações semelhantes envolviam a mesma genitora. O órgão informou ainda que a mulher cumpre pena em regime semiaberto, utilizando tornozeleira eletrônica, por condenação anterior por tráfico de drogas.
Diante do flagrante de abandono de incapaz (art. 133 do Código Penal), a mulher recebeu voz de prisão e foi conduzida à Delegacia de Polícia Civil para as providências legais. A criança ficou sob tutela do Conselho Tutelar, que acompanha o caso.
Durante toda a ocorrência, a mulher demonstrou frieza e total indiferença com o estado do filho, segundo relato da guarnição. A ação rápida da Polícia Militar foi essencial para proteger a criança e evitar um possível desfecho trágico, reforçando o compromisso da corporação com a defesa da vida e da dignidade humana.