Nataly Souza, de 22 anos, está desaparecida desde 14 de
setembro de 2022.
Ela saiu de casa no distrito de Nova Dimensão (Nova Mamoré),
dizendo que logo voltaria, mas não foi mais vista. Segundo boletim de
ocorrência, a jovem vinha recebendo ameaças antes de sumir. O caso gerou grande
comoção local: familiares e amigos fecharam a BR-421 com pneus e interromperam
o comércio em protesto, cobrando das autoridades respostas sobre o paradeiro de
Nataly. O protesto durou dias e chegou a contar com apoio da Polícia Militar e
do Exército, que dialogaram com manifestantes e intensificaram as buscas pela
jovem.
Cronologia do caso
- 14
de setembro de 2022: Nataly Souza, 22, desaparece em Nova
Dimensão, distrito de Nova Mamoré, Rondônia. Ela foi vista pela última vez
à noite saindo de casa; não havia informações sobre o seu paradeiro.
- Setembro
de 2022: Moradores do local bloqueiam a BR-421 em protesto pelo
desaparecimento. Os manifestantes fecham a rodovia com pneus e panfletos,
mantendo escolas e comércios locais fechados para cobrar investigação das
autoridades.
Investigação e prisão do suspeito
Após quase três anos de investigação, a Polícia Civil de
Rondônia deflagrou em 14 de julho de 2025 a Operação “Vozes Enterradas” para
apurar o caso. A ação resultou no cumprimento de um mandado de prisão
temporária contra M.S.D.S., apontado como principal suspeito dos
crimes de feminicídio de Nataly e ocultação de cadáver. O homem foi localizado
e detido em Brusque, Santa Catarina, em conjunto com a Polícia Civil local. Em
31 de julho de 2025 ele foi recambiado para Rondônia sob escolta, com apoio
logístico do Serviço Aeropolicial (SAER) da Polícia Civil e da Secretaria de
Segurança do Estado.
O investigado permanecerá à disposição da Justiça em
Rondônia e deverá ser ouvido nos próximos dias. A investigação segue em
andamento para esclarecer toda a dinâmica dos fatos, identificar eventuais
cúmplices e, se possível, localizar o corpo da vítima. A Polícia Civil
rondoniense reforçou que mantém o compromisso com a verdade e com o apoio às
vítimas. Até então, a mãe de Nataly cobrava que não haveria trégua: “Não temos
intenção de liberar [a BR-421] até o acusado ser preso”, afirmou ela em 2022.
Agora, com a prisão, as autoridades buscam cumprir a promessa de justiça e
trazer respostas à família e à comunidade afetada