Após Denúncia de Irregularidades Gera Acusações de Difamação e Constrangimento em Posto de Saúde de Guajará-Mirim




FONTE: HASHTAG24HORAS 

Um clima de acusações de difamação e constrangimento tomou conta de um posto de saúde na Avenida Princesa Isabel, bairro Serraria, em Guajará-Mirim, na manhã da última terça-feira (18). A Polícia Militar foi acionada para averiguar uma possível prática de difamação, conforme relato de uma enfermeira da unidade.

Ao chegarem ao local, os policiais militares conversaram com a enfermeira que relatou estar sendo alvo de comentários depreciativos por parte de colegas de trabalho, criando um ambiente hostil. A vítima explicou que, recentemente, denunciou irregularidades na gestão da unidade, o que culminou na exoneração da então diretora do posto. Segundo ela, funcionários próximos à ex-diretora a responsabilizam pela demissão, intensificando a tensão no ambiente de trabalho.

No dia da ocorrência, durante o recebimento de medicamentos, a enfermeira constatou a falta de alguns itens e comunicou o fato ao motorista da entrega. O motorista teria sugerido que a questão fosse tratada com a diretora da unidade. Nesse momento, uma técnica de enfermagem presente no local, teria proferido a frase: "Exonerada não, ela foi tirada pela maldade humana", em um tom que a enfermeira [Nome da Vítima da Difamação Omitido para Proteção] interpretou como sendo diretamente direcionado a ela, com o objetivo de desqualificá-la perante os demais funcionários.

A enfermeira declarou sentir-se constrangida, perseguida e desmotivada pela atitude dos colegas, que, segundo ela, fomentam a rivalidade no ambiente de trabalho.

A guarnição policial também conversou com a técnica de enfermagem, que negou ter se dirigido diretamente à enfermeira [Nome da Vítima da Difamação Omitido para Proteção]. Ela alegou que, após a saída da enfermeira da sala, o motorista a questionou sobre a exoneração da diretora, e ela apenas respondeu: "Ela foi tirada pela maldade humana", sem mencionar nomes específicos.

O motorista confirmou ter ouvido a afirmação da técnica de enfermagem, mas disse não poder afirmar que a frase tinha como destinatária direta a enfermeira, relatando apenas ter percebido um desentendimento entre as funcionárias.

Durante o atendimento da ocorrência, outra funcionária, a senhora [Nome da Funcionária Testemunha Omitido para Proteção], também técnica de enfermagem, exigiu que constasse no registro que a situação causada pela senhora, gerou grande constrangimento a ela e a todas as funcionárias, pois, segundo ela, a técnica não citou o nome da enfermeira que estaria sendo acusada injustamente. Ela também mencionou que a presença da polícia teria causado atraso no atendimento aos pacientes.

A situação se tornou ainda mais tensa com a chegada do advogado da enfermeira , a técnica de enfermagem e outra técnica relataram que o advogado teria as ameaçado, dizendo que passaria a ir todos os dias à unidade para "colocar a unidade de saúde em ordem". A senhora [Nome da Funcionária Testemunha Omitido para Proteção] disse que apenas perguntou à polícia se seu nome havia sido citado, momento em que o advogado a teria tratado mal, agindo como se fosse chefe ou funcionário do posto de saúde. Ela exigiu participar da ocorrência como testemunha e vítima de constrangimento ilegal.

Também compareceu ao local o representante do Secretário de Saúde do município, que acompanhou os desdobramentos da situação. Diante das declarações colhidas e considerando a possível prática do crime de difamação e o constrangimento ilegal supostamente sofrido pela equipe médica, foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), comprometendo ambas as partes envolvidas na acusação de difamação a comparecerem em juízo na data e horário determinados. Após as providências legais, a ocorrência foi encerrada no local, com as partes devidamente orientadas sobre seus direitos e deveres.