Fonte: Polícia Civil de Buritis | hashtag24horas
O
desaparecimento de Jhonatas Silva Oliveira, de 22 anos, registrado na última
semana em Buritis (RO), teve um desfecho trágico e brutal. Após intensas
investigações lideradas pela Polícia Civil do município, o corpo da vítima foi
encontrado no Rio Branco na tarde desta terça-feira (20). O jovem estava com as
mãos amarradas para trás e apresentava um profundo corte no pescoço,
evidenciando a violência do crime.
Os detalhes do caso
De acordo
com informações obtidas pela polícia, Jhonatas foi visto pela última vez na
terça-feira (16), na casa de um conhecido identificado como Clemer, que mora
com a mãe, Luciana Zeferino de Souza. A investigação apontou que o
desaparecimento estava relacionado a um conflito pessoal envolvendo Clemer,
conhecido como "DEMA", e a vítima.
Na
segunda-feira (19), os agentes do Serviço de Investigação e Captura (SEVIC)
ouviram depoimentos que colocaram DEMA e Edvaldo Barbosa de Souza como
principais suspeitos. Durante os interrogatórios, Edvaldo confessou a autoria
do crime, detalhando a sequência dos acontecimentos.
Segundo
Edvaldo, Jhonatas foi forçado a entrar em um veículo modelo Pálio preto,
conduzido pelos suspeitos, e levado até uma área isolada na Linha União, a mais
de 30 km do município. No local, após ser amarrado com uma corda, DEMA cortou a
garganta de Jhonatas com uma faca de churrasco e o lançou, ainda vivo, nas
águas do Rio Branco. O jovem chegou a nadar até a margem, mas não resistiu aos
ferimentos.
Prisão dos suspeitos
Após
confessar o crime, Edvaldo acompanhou os policiais até o local onde o corpo foi
descartado. DEMA foi localizado em uma residência no setor 06, em
Guajará-Mirim, na terça-feira, e tentou fugir ao pular um muro de quatro
metros, mas foi capturado após cerco policial. Durante a prisão, ele estava em
posse de pertences que confirmaram sua ligação com o crime.
Luciana,
companheira de DEMA, foi ouvida pela polícia e demonstrou nervosismo ao relatar
que o suspeito havia agido motivado por ciúmes, suspeitando de um suposto
envolvimento amoroso entre Jhonatas e ela.
As evidências
Durante
as diligências, a polícia apreendeu uma carta com ameaças que, segundo Edvaldo,
foi escrita por DEMA antes do crime. Além disso, foram recolhidas roupas usadas
no dia do homicídio e a faca utilizada no ataque. A perícia está analisando os
objetos e os escritos encontrados na residência de DEMA para compor o
inquérito.
Exaltação ao trabalho policial
O
delegado responsável pelo caso, Leomar Albuquerque, destacou o empenho das
equipes do SEVIC e a cooperação de outros agentes da segurança pública, que
atuaram incansavelmente desde o registro da ocorrência até a prisão dos
suspeitos. “Foi um trabalho conjunto que exigiu dedicação, análise detalhada de
provas e rapidez nas ações para evitar que os suspeitos fugissem da região.
Nossa prioridade é garantir justiça à família da vítima”, afirmou.
A
localização do corpo de Jhonatas, mesmo diante das adversidades do período
chuvoso que aumentaram o volume do rio, é resultado do compromisso dos agentes
em elucidar o caso.
A Polícia
Civil de Buritis reafirma seu compromisso com a população na luta contra o
crime e ressalta que investigações como essa são essenciais para preservar a
segurança e a justiça no município.