Mais Médicos: número de profissionais aumenta 45% em Rondônia após programa ser relançado

 



Um balanço feito pelo Ministério da Saúde, e divulgado nesta quarta-feira (28), mostra que o número de médicos contratados pelo Mais Médicos aumentou 45% em Rondônia desde março do ano passado, quando o programa foi relançado pelo governo Lula.

Até março de 2023, o estado tinha 302 médicos atuando nos municípios. Agora, segundo o Ministério da Saúde, são 438 profissionais no Mais Médicos, sendo 21 em distritos sanitários indígenas.

Em um ano, 136 novos profissionais começaram a atuar no estado, o que representa um crescimento de 45,03%.

O balanço do Ministério da Saúde também revela o panorama da saúde pública no estado até dezembro de 2023. São:

288 Unidades Básicas de Saúde (UBS) funcionando em Rondônia com custeio federal
há 19 ambulâncias básicas e 2 UTIs móveis do Samu;
no ano passado, 21 novas equipes foram habilitadas para a atenção primária à saúde;
o estado tem ainda 21 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) ativos.
foram realizadas 551 cirurgias, do total de 799 previstas no Programa Nacional de Redução de Filas de Cirurgias.
mais de 24 mil rondonienses foram beneficiados pelo Farmácia Popular
24,05 mil medicamentos gratuitos para diabetes, hipertensão, asma, osteoporose e contraceptivos foram entregues gratuitamente via SUS no estado.

O que é o Mais Médicos?

Criado em 2013 pela então presidente Dilma Rousseff (PT), o programa visa levar médicos às periferias das grandes cidades e municípios do interior. À época, o Mais Médicos foi criticado por permitir o trabalho de profissionais estrangeiros sem revalidação do diploma.

No governo Jair Bolsonaro (PL), o Ministério da Saúde trocou o nome do programa para “Médicos pelo Brasil” e alterou regras. Após o retorno de Lula (PT) ao Planalto, o governo retomou em março do ano passado o nome anterior do programa e abriu novas vagas para médicos, com prioridade para profissionais brasileiros.

A adesão ao Mais Médicos e o número de vagas disponíveis para os municípios seguem critérios estabelecidos com base no Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

São eles:

  • Municípios com índice igual ou superior a 0,4 no IPEA: têm a oportunidade de solicitar um aumento de até 100% das equipes de Saúde da Família;
  • Municípios com classificação de vulnerabilidade entre 0,3 e 0,4: podem solicitar até 40% de aumento no número de equipes;
  • Municípios com classificação de vulnerabilidade igual ou inferior a 0,3 pontos: têm direito a um aumento de até 10% do total de equipes.
  • De acordo com o Ministério da Saúde, o gestor local deve priorizar a alocação de médicos do programa nas equipes de atenção básica que são compostas sem médicos ou que atendem a populações que dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS).