DESAMPARO MATERNO: UMA NARRATIVA CHOCANTE DE NEGLIGÊNCIA MÉDICA EM GUAJARÁ-MIRIM"

 



Chegou até nosso site um relato chocante de uma mãezinha que alega ter sido vítima de suposta negligência médica no Hospital Bom Pastor de Guajará-Mirim. A mãe, cujo nome optamos por preservar, decidiu compartilhar sua história conosco, buscando não apenas um desabafo, mas também clamando por justiça e visibilidade para sua experiência angustiante.


Este relato, que agora apresentamos, tem como objetivo não apenas expor os detalhes dessa trágica situação, mas também servir como um apelo às autoridades responsáveis para que medidas adequadas sejam tomadas. Vale ressaltar que os nomes dos envolvidos serão mantidos em sigilo, uma vez que o caso já está registrado na delegacia de polícia, e nosso objetivo é evitar interferências nas investigações em andamento.


A história que se desdobra a seguir traz à tona a urgência de revisão e responsabilidade no sistema de saúde, reforçando a necessidade de prevenir que casos semelhantes se repitam.


Oi, boa noite! Eu me chamo [Nome da Autora].
No dia 21/11/2023 (terça-feira), por volta das 6 horas da manhã, dei entrada no Hospital Bom Pastor de Guajará-Mirim. Estava grávida de 21 semanas, sentindo dores nas costas e algumas contrações. O Dr. Que estava de plantão, pediu uma ultrassonografia para avaliar a situação do meu bebê. Em uma clínica particular, sai às 9 da manhã de ambulância para realizar o exame. O Dr. não estava na clínica, retornei ao hospital e fui orientada a voltar às 14:00. Mesmo sem atendimento, não constataram nada sobre o que eu estava sentindo. Por volta das 16:30, a ambulância finalmente chegou, e pude ir à clínica realizar a ultrassonografia.

Chegando lá, o médico mencionou que eu deveria ter ido assim que dei entrada no hospital, mesmo ele não estando na clínica de manhã. Realizei o exame, mas ele não me deu explicações, apenas afirmou que estava tudo bem com meu filho e que estava encaixado. Retornei ao Hospital Bom Pastor e aguardei para receber alta, conforme a afirmativa do médico de que estaria tudo bem com meu bebê.

Cerca de 30 minutos depois, o médico chegou ao hospital. Fui encaminhada para fazer um toque por volta das 19:00, sentindo dores e com 8 cm de dilatação, em uma gestação de 21 semanas considerada de alto risco. Mesmo sugerindo encaminhamento para a cidade vizinha (Porto Velho), o médico alegou que eu não aguentaria, dando um prazo de 20 minutos para o parto. Fiquei na maca aguardando, e quando o médico retornou, deu outro toque, indicando que meu filho poderia nascer. Minha bolsa ainda não tinha estourado, mas o médico induziu meu parto sem meu consentimento, estourando minha bolsa por conta própria, ciente dos riscos.

Em aproximadamente 15 minutos, fui encaminhada à sala de parto. O médico não se levantou do sofá, onde mexia no celular, e me encaminhou com a enfermeira. Esta questionou se ele faria meu parto devido ao risco, e ele disse que não seria necessário. Meu filho, um micro prematuro de 21 semanas, nasceu às 19:04, pesando 435 gramas e medindo 30 centímetros, nascido vivo e ingerindo água do parto. Fui levada para outra sala após o nascimento, e, após 30 minutos, fui finalmente ver meu bebê.

Nada havia sido feito por ele até então, pois respirava sozinho, embora precisasse de oxigênio. Questionando por que não seria entubado, disseram que era muito novo e não sobreviveria. Meu filho lutou pela vida por mais de uma hora, soltando água do parto pela boca, enquanto não tomaram medidas para ajudá-lo ou encaminhá-lo para Porto Velho para a entubação.

Relato a irresponsabilidade desses profissionais de saúde, que não estão cumprindo seu devido trabalho, colocando em risco vidas inocentes por falta de comprometimento. Tanto na ultrassonografia quanto no estado do meu colo do útero, estava tudo normal, e o médico agiu por conta própria, ignorando a necessidade de cuidados extras para o meu filho.


"O relato da mãe é verídico e nada foi alterado, pois se trata de um desabafo."