O diretor do Instituto Federal de Rondônia do campus de Ariquemes (RO) foi afastado do cargo, nesta quarta-feira (23), durante uma operação da Polícia Federal para combater desvio de verbas públicas. A investigação apontou o diretor como suspeito de fraudar licitações e lucrar mais de meio milhão de reais com lavagem de dinheiro.
Segundo a PF, um pregão eletrônico foi realizado para contratar uma empresa responsável por fornecer água mineral e gás de cozinha ao instituto e a vencedora pertence ao próprio diretor da instituição. Para “mascarar” a fraude, ele teria utilizado a esposa como “laranja”.
Além disso, a investigação descobriu que a outra empresa contratada no certame é, na verdade, uma igreja. O templo também era utilizado para ocultar o real beneficiário dos recursos: o diretor do campus.
De acordo com a polícia, somente em 2022 a empresa do suspeito arrecadou aproximadamente R$ 600 mil reais em contratos com o Ifro. As empresas não possuíam empregados registrados, o que indica que são empresas de fachada.
Durante a operação da PF, nomeada de Água Benta, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão em Ariquemes e Colorado do Oeste (RO), assim como a ordem de afastamento cautelar do diretor.
Em nota, o Ifro nega que tenham sido feito buscas no campus de Colorado. A instituição também informou que não foi notificada oficialmente sobre o caso, mas acatará as decisões da Justiça e deve contribuir com as investigações.
"A nova gestão do IFRO reafirma o compromisso institucional de combater irregularidades e tomará as providências administrativas internas necessárias para afastamento dos envolvidos e, concomitantemente instauração de PAD - Processo Administrativo Disciplinar - para apuração dos fatos", consta na nota.