Jovem que descobriu novo asteroide vai fazer curso da Nasa e pode se tornar 1ª mulher brasileira no espaço

O início da 'jornada nas estrelas' será no dia 24 de maio. Em agosto do ano passado, Laysa Peixoto Sena Lage descobriu um asteroide analisando imagens do computador de casa.

Laysa recebeu roupa especial durante um curso que fez em Brasília, na Wogel SpaceLab — Foto: Arquivo pessoal


Em agosto de 2021, Laysa Peixoto Sena Lage, de 18 anos, descobriu um asteroide analisando imagens do computador de casa, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Oito meses depois, ela está de malas prontas para participar de um treinamento para ser astronauta na NASA. A viagem para os Estados Unidos será no dia 24 de maio.

"Serei tripulante da Expedição 36 do curso Advanced Space Academy da NASA, em que serei treinada como astronauta. Esse é um grande passo na minha jornada até me tornar a primeira mulher brasileira a ir ao espaço, que é meu maior objetivo", disse Laysa.

Descobrir um asteroide e ser medalhista de olimpíadas científicas ajudou Laysa a passar na seleção. Ela levou a prata na 23ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, em 2020, e chegou à final da Competição Internacional de Astronomia e Astrofísica, sendo contemplada com a de bronze. 

"Estou muito animada para o treinamento. Estou me preparando para os desafios que fazem parte de uma missão espacial e nada é mais empolgante que isso", contou ela.

Laysa vai ficar nos Estados Unidos por um mês, tempo em que vai fazer o curso e também conhecer outros complexos da NASA


Laysa descobriu asteroides para a Nasa em agosto e o batizou de LPS 003, suas iniciais. 
Ela se interessou pelo tema no início de 2021, quando viu no site da Nasa a campanha de "caça asteroides". O projeto é realizado em parceria com a The International Astronomical Search Collaboration.
Laysa descobriu asteroides para a Nasa em agosto e o batizou de LPS 003, suas iniciais. 
Ela se interessou pelo tema no início de 2021, quando viu no site da Nasa a campanha de "caça asteroides". O projeto é realizado em parceria com a The International Astronomical Search Collaboration.
Na época, ela estava no 2º período de física da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Laysa estudou em uma escola pública e sempre foi apaixonada pelas estrelas. 

"É uma experiência indescritível, sempre foi meu sonho poder contribuir com a física, com a ciência (...) sempre fui apaixonada pelas estrelas e o que me deixa mais feliz é que estudei a vida inteira em escola pública, então, independentemente de onde a pessoa estudou, ela pode realizar sonhos e conseguir o que quiser", comemorou.