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Na tarde desta segunda-feira (12), uma jovem procurou as autoridades para denunciar o próprio avô, E.G., por anos de abusos sexuais e ameaças de morte contra ela e sua família. A denúncia foi registrada após uma sequência de episódios marcados por medo, e violência psicológica.
Segundo o boletim de ocorrência, a vítima relatou que desde os 15 anos era assediada por seu avô, com quem sempre morou. Ela revelou que o autor do crime passava a mão em suas partes íntimas e a obrigava a manter silêncio, sob ameaças diretas contra a vida de sua mãe e de sua avó. “Ele dizia que pegaria o revólver e daria um tiro na testa de cada uma”, relatou a jovem aos policiais.
A situação se agravou nesta segunda-feira, quando, ao chegar para trabalhar, foi informada por ele que havia perdido a vaga. A vítima acredita que o motivo foi o ciúme e o medo de que ela tivesse contado à avó sobre os abusos. Em uma mensagem enviada à jovem, o suspeito chegou a afirmar que ela era “esposa dele” e que “Deus abençoava a relação sexual dos dois”.
Durante o confronto verbal, a jovem questionou diretamente se o motivo do tratamento agressivo seria o fato de ela não querer manter relações com ele. O suspeito então deixou o local com a filha, informando que iria ao cartório. Foi nesse momento que a jovem criou coragem e revelou tudo à avó, decidindo registrar a ocorrência.
A guarnição da Polícia Militar foi acionada e, ciente da existência de uma arma de fogo, solicitou que a esposa do acusado permitisse a entrada na residência. Ela colaborou com os agentes e indicou onde o revólver estava guardado: em uma gaveta do armário no quarto do suspeito.
No local, os policiais encontraram e apreenderam um revólver calibre 22, oxidado, com cabo de plástico, além de um frasco com 34 munições do mesmo calibre.
A vítima, a arma e as munições foram entregues na Delegacia Regional de Polícia Civil (DRPC) para os devidos procedimentos. O suspeito não foi encontrado em casa, mas havia sido visto no centro comercial em busca de um advogado.
As autoridades agora investigam o caso, e a jovem será acompanhada por medidas de proteção e assistência.
A identidade da vítima será preservada.
Fonte: hashtag24horas