A aprovação do Projeto de Lei nº 26/2025, que permite a utilização da mão de obra de reeducandos em serviços públicos de Guajará-Mirim, gerou insatisfação entre parte da população. Nos bastidores, cresce a preocupação de moradores que questionam a decisão do município de empregar detentos em atividades que poderiam ser ocupadas por trabalhadores locais, especialmente pais de família em busca de emprego.
Para alguns cidadãos, a medida pode prejudicar a oferta de trabalho para pessoas que estão em situação de vulnerabilidade, mas não cometeram crimes. "Tem muito pai de família desempregado precisando de trabalho e recebendo menos que um salário mínimo. Enquanto isso, os presos vão receber essa oportunidade?", questionou um morador que preferiu não se identificar.
Por outro lado, defensores do projeto afirmam que a iniciativa contribui para a ressocialização dos reeducandos e pode reduzir os índices de reincidência criminal. "Esses presos vão trabalhar e devolver algo para a sociedade. Além disso, o dinheiro que eles recebem também pode ajudar suas famílias", argumentou um servidor público ligado à execução do programa.
A Prefeitura de Guajará-Mirim e a SEJUS ainda não se manifestaram sobre a repercussão negativa do projeto. No entanto, a polêmica segue crescendo e promete ser um dos temas mais debatidos nos próximos dias na cidade.