Dados obtidos pelo órgão, a partir do monitoramento realizado pela Universidade de Yale (EUA), revelam que o Atlântico Norte está aquecendo e isso é motivo de preocupação para os especialistas.
"O Atlântico Norte aquecido é mais um fator que demonstra para a gente que a seca desse ano, muito provavelmente, será muito mais severa do que a que foi ano passado", explicou Caê Moura, gerente do Centro Regional de Porto Velho do Censipam. Em outubro de 2023, o rio Madeira atingiu seu pior nível da história, chegando a medir 1,10 m. Moradores das comunidades ribeirinhas, que dependiam da água de poços amazônicos, viram sua única fonte de água limpa secar.
De acordo com a Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd), pelo menos 15 mil pessoas foram afetadas pela falta de água na região às margens do Madeira. O Comitê de Crise Hídrica, composto por diversos órgãos do Governo do estado, planejam ações para mitigar a seca e articulam uma resposta às situações emergenciais.
"Nós já teremos, em toda a Amazônia Legal, precipitações (chuva) abaixo da média e isso se dá, ainda pelo efeito do El Niño. [A ideia] é que a Defesa Civil trabalhe aqui conosco. [Teremos] uma sala de monitoramento montada, onde os servidores vão poder acompanhar os dados em tempo real", explicou Caê.
Fonte: G1