Um homem identificado como Adenilson Ferreira de Alencar, 31 anos, foi encontrado morto em uma cova rasa, nesta terça-feira (14), em um sítio localizado na linha 102 em União Bandeirantes, distrito a 160 quilômetros do centro de Porto Velho. Segundo a Polícia Civil, Adenilson trabalhava como caseiro e foi assassinado por um ex-funcionário, que não aceitava ter sido demitido da propriedade.
A família contou à polícia que Adenilson morava em Porto Velho e foi chamado para trabalhar como caseiro em União Bandeirantes na última quarta-feira (8). Segundo a esposa da vítima, sua última comunicação com o marido ocorreu por mensagens por volta de meio-dia de domingo (12), quando o contato foi perdido.
Uma testemunha relatou para a polícia que ao chegar ao local de trabalho entre os dias 8 e 12 de novembro, foi recebida com hostilidade por um homem conhecido como Rubens, aparentemente insatisfeito por ter perdido o emprego de caseiro para Adenilson.
A testemunha, encarregada de orientar Adenilson em suas novas funções como caseiro, presenciou quando Rubens exibiu uma pistola no sábado (11) e já no domingo (12), embriagado, ameaçou Adenilson de morte durante um confronto. Preocupado com sua segurança, o outro funcionário buscou refúgio em uma residência vizinha.
Na manhã de segunda-feira (13), ao tentar entrar em contato com Adenilson, sem sucesso, a testemunha esteve em Porto Velho para informar a esposa do caseiro sobre a situação com seu marido.
A mulher retornou com a testemunha até a propriedade em União Bandeirantes, na terça-feira, e ao constatar a ausência de Adenilson, notificou as autoridades. Os policiais militares, ao chegarem à propriedade, abordaram Rubens, que negou conhecimento sobre o paradeiro de Adenilson, assim como a posse de uma pistola e qualquer discussão com a vítima.
Durante buscas feitas na residência, os policiais notaram áreas molhadas e limpas no piso, indicando uma possível limpeza recente. Manchas vermelhas, aparentemente com marcas de dedos, foram encontradas em uma caixa de papelão ao lado da mala de Adenilson, além de possíveis marcas de sangue perto da porta.
A ronda policial levou ainda a descoberta de uma pistola dentro de uma sacola de mercado, enrolada em uma calça jeans. Rubens admitiu ser dono da arma, alegando tê-la usada no domingo. Em decorrência da posse ilegal de arma, ele foi preso, mas não assumiu a autoria do crime.
Com o suspeito sob custódia e sem confessar o crime, a polícia, em conjunto com testemunhas, realizou buscas nas áreas do sítio, resultando na descoberta do corpo de Adenilson, enterrado numa cova rasa, a aproximadamente 500 metros da casa onde a vítima trabalhava como caseiro.
Segundo investigação conduzida pela Polícia Civil, a suspeita é que Rubens matou Adenilson por estar revoltado com a demissão do emprego.