O estado de Rondônia se tornou destaque ao ocupar o 1º lugar no ranking de doadores de órgãos na região Norte. As doações cresceram 122% no estado em 2023 se comparado a 2019, antes da pandemia de Covid-19, segundo dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO).
Esse crescimento exponencial de doações no estado aconteceu mesmo com as atividades de transplantes paralisadas. Rondônia é, inclusive, o motivo da região Norte ter apresentado a maior taxa de aumento entre as outras regiões do Brasil: 57%.
De acordo com os dados do Registro Brasileiro de Transplantes da ABTO, a maioria dos doadores em Rondônia possuem entre 50 e 65 anos e são do gênero masculino. Os dados de 2023 são referentes ao período de janeiro a junho.
O registro também aponta que as principais causas de morte dos doadores em Rondônia são traumatismo cranioencefálico ou Acidente Vascular Cerebral (AVC). A tipagem sanguínea que predomina entre os doadores é o O, conhecido como doador universal.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), desde a criação do serviço de transplantes em Rondônia, em 2014, já foram realizados 793 transplantes e captação de órgãos.
Como ser um doador?
Para ser um doador, basta informar a família sobre o desejo. Depois da morte de alguém, somente os familiares podem autorizar a doação. Órgãos como fígado, rins, córneas, pâncreas, intestino, ossos, pele, coração e pulmão podem ser doados.
Também é possível ser um doador voluntário e realizar a doação em vida. Um dos rins, parte do fígado, a medula óssea ou parte do pulmão podem ser doadas para pessoas de até quarto grau de parentesco e cônjuges.