Desmatamento aumenta em Rondônia em 2022 e estado fica entre os sete piores do país, aponta MapBiomas


 Rondônia teve um aumento de 6% na taxa de alertas de desmatamento entre os anos de 2021 e 2022, segundo o Relatório Anual de Desmatamento no Brasil (RAD), do MapBiomas, divulgado nesta segunda-feira (12). O estado foi responsável por quase 7% de toda a área desmatada no país no último ano, ficando em sétimo lugar no ranking nacional.

Pará - 456.702 hectares
Amazonas - 274.184 hectares
Mato Grosso - 239.144 hectares
Bahia - 225.151 hectares
Maranhão -168.446 hectares
Piauí - 148.477 hectares
Rondônia - 139.531 hectares

Já em relação ao número de eventos de desmatamento, Rondônia passa para a quinta posição do ranking, com 4.553 eventos, atrás apenas de: Pará (19.832), Acre (9.981), Amazonas (7.463) e Bahia (5.986).

Em toda a Amazônia, o aumento foi de 56% no número de alertas de desmatamento, passando de quase 90 mil para mais de 140 mil. A estimativa é que tenham sido desmatados na região cerca de 136 hectares por hora no último ano.

A agropecuária é apontada como o maior vetor de pressão para o desmatamento em todo o país, representando 97,2% do todo, seguida de garimpo e expansão urbana.

Porto Velho

A capital rondoniense, maior cidade em população e em território de Rondônia, também é destaque no relatório do MapBiomas, sendo o quarto município brasileiro que mais desmatou entre os anos de 2019 e 2022, chegando a cerca de 132 hectares desmatados por dia nesse período.



A frente de Porto Velho ficam Lábrea (AM), Altamira (PA) e Apuí (AM).


Outros três municípios rondonienses também entraram na lista dos 50 que mais desmataram nos últimos quatro anos:


22º lugar - Candeias do Jamari
28º lugar - Nova Mamoré
45º lugar - Cujubim




Áreas de preservação

As áreas de preservação no estado também foram afetadas. O Parque Estadual De Guajará-Mirim e a Reserva Extrativista Jaci-Paraná estão entre as dez unidades com maior área desmatada em 2022, sendo 6.834 hectares e 5.177 hectares respectivamente.

Outras quatro unidades de conservação do estado integram o ranking das mais afetadas em todo o país.

Terras indígenas

A realidade não é diferente nas terras indígenas. Só em 2022 a TI Karipuna teve 69 alertas de desmatamento e 1.796 hectares de área desmatada. Essa é a terceira terra indígena mais desmatada em todo o Brasil.

As TI Igarapé Lage (347 hectares), Uru-Eu-Wau-Wau (158), Roosevelt (232), Karitiana (100) e Tenharim Marmelos (98) ajudam a compor o mapa das 50 mais desmatadas do país.