Mulher que fez sexo com sem-teto durante surto processa Sikêra Jr. Sikera Jr no programa Alerta Nacional Imagem: Reprodução Igor Mello Do UOL, no Rio 22/05/2022 15h03 Sandra Mara Fernandes —mulher que fez sexo com o sem-teto Gilvado de Souza durante um surto psicótico— decidiu processar o apresentador Sikêra Jr. por conta de comentários depreciativos feitos por ele durante seu programa na RedeTV. O processo foi protocolado na sexta-feira (20) pelo advogado de Sandra. Ela acusa o apresentador —conhecido por manifestações ofensivas contra a população LGBTQI+, usuários de drogas e políticos de esquerda— dos crimes de injúria e difamação. O caso corre na 2ª Vara Criminal e 2º Juizado especial criminal de Planaltina.
Em seu programa "Alerta Nacional", Sikêra afirmou que a mulher "tinha uma fantasia" de "subir no pau de sebo" e negou que ela tenha sido estuprada por Givaldo, como Sandra e seu marido, o personal trainer Eduardo Alves, afirmam. Em tom irônico, ele afirmou que a relação com o homem em situação de rua "era amor". Ao postar um texto de desabafo em suas redes sociais em 27 de abril, a mulher fez menção aos comentários de Sikêra Jr. "Fui VÍTIMA de chacotas, humilhações em rede nacional. Fui taxada como uma mulher qualquer , uma mulher promíscua , uma mulher com fetiches , uma traidora. E mais ofendida ainda por ter sido atacada por outras mulheres que entenderam que eu merecia o pior.
Também na sexta-feira, a Polícia Civil do Distrito Federal concluiu o inquérito que investigou as agressões feitas de Eduardo Alves após flagrar Givaldo tendo relações sexuais com a mulher. Ele foi indiciado por lesão corporal. O caso agora será encaminhado ao MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios), que decidirá se oferece ou não denúncia à Justiça. À polícia, Eduardo alegou que agrediu Givaldo porque pensou que a esposa estivesse sendo estuprada. O casal alega que Sandra estava tendo um surto psicótico e não tinha condições de ter uma relação consensual com Givaldo. Givaldo não foi indiciado por estupro de vulnerável, o que foi comemorado pela sua defesa. ""Em realidade, as investigações foram concluídas, apontando o Givaldo tão somente como vítima de brutais e covardes agressões", afirmaram em nota os advogados do homem em situação de rua.